Cicuta-maior (Cicuta verdadeira)
Conium Maculatum L.
Um veneno poderosíssimo (dizem)... Mas quem não saiba antecipadamente, olhando para estas flores, não o diria...
Foto 1 - Dois "cachos" de flores de Cicuta (Conium Maculatum L.)
Foto 2 - Ainda a Flor da Cicuta, (um cacho) Conium Maculatum L.
Foto 3 - Flores de Cicuta formando uma "nuvem" de flores brancas...
Flores de Cicuta formando uma "nuvem" de flores brancas... Outro conjunto. Algumas destas plantas atingem mais de um metro e meio de altura.
Foto de Cicuta jovem. Se as condições metereológicas são favoráveis (chuva "generosa") a Cicuta surge exuberante...
Foto de cicuta jovem "sufocando" as malvas. Se a chuva foi generosa a cicuta surge exuberante...
A Cicuta tem muitas semelhanças com a salsa: s folhas são semelhantes; a planta é semelhante (a cicuta é maior, em média) e as flores da salsa e da cicuta são brancas...
Nas fotos seguintes apresentam-se as folhas da cicuta e da salsa para melhor identificação
A folha da esquerda é SALSA; a da direita é de Cicuta
Cicuta. As flores (nos seus diferentes estados)
Nesta foto a folha da esquerda é Cicuta; a da direita é de SALSA.
Também se distinguem pelo cheiro...
Foto de flor de CICUTA. Esta está semi-aberta
Foto de flor de CICUTA. Esta abriu recentemente; ainda não adquiriu a cor branca...
Foto de flor de CICUTA. Esta está quase aberta (nota: a mancha é da máquina)
Foto de flor de CICUTA. Esta está quase fechada (ainda). Há um "rosto" nela (a mancha da máquina está mais abaixo, do lado esquerdo)
Foto de flor de CICUTA. Esta está quase fechada (ainda); é a mesma da foto acima (a mancha da máquina alterou ligeiramente o "rosto")
Não resisto a passar para aqui o texto que se segue (e que pode ser consultado AQUI), porque ele enumera um conjunto de aplicações medicinais da CICUTA (algumas eu já conhecia) e refere também o episódio histórico mais marcante do seu uso como veneno: a morte do filósofo grego "Sócrates".
Este blogue não se destina a publicar este tipo de textos; apenas fotos; mas este foi o melhor texto que encontrei sobre CICUTA.
ATENÇÃO: devido à sua perigosidade é totalmente desaconselhado o uso fitoterápico em auto medicação; apenas, eventualmente, sob supervisão especializada (ou em homeopatia - diluição homeopática sempre respeitando escrupulosamente as dosagens indicadas).
Como planta medicinal, o Conium maculatum (CICUTA maior) já era conhecido na antiguidade, e a medicina Medieval sabia utilizá-lo. A maioria de suas indicações cederam aos tempos modernos, mas a terapia Homeopática recolocou este medicamento no seu devido lugar. As suas indicações terapêuticas diferem das que ocorrem normalmente nas Umbelíferas, a saber:
a) A actividade das glândulas é diminuída de diversas maneiras, a secreção láctica é diminuída até ficar totalmente seca. O seio não mais se dilata. Utilizado sob a forma de unguento ou compressas, o Conium maculatum abre os abcessos, amolece os endurecimentos glandulares, e actua beneficamente nos tumores destes órgãos. Seu efeito contra a ejaculação precoce é notável. Os antigos preconizavam a utilização de compressas de Conium maculatum em torno dos testículos, anestesiando a actividade dessas glândulas, e isso produz um efeito comparável ao da castração.b) Ao contrário, a expulsão da água pode ser favorecida principalmente na hidropsia. A Cicuta pode combater diversas inflamações, ciática, inflamação da pele e dos testículos. Os antigos lhe atribuíam uma acção fria “O caminho para o Hades através da Cicuta se torna frio e invernal”. As pessoas envenenadas por essa planta se resfriavam a partir das extremidades inferiores – como sabemos através do texto maravilhoso referente às últimas horas de Sócrates (o filósofo Grego).c) As mais importantes propriedades terapêuticas da Cicuta se relacionam com o Corpo Astral. Sua acção analgésica, mesmo nos tumores cancerosos, é marcante, e ultrapassa de longe a acção das outras Umbelíferas. Os germânicos empregavam esta planta para acalmar os estados de excitação do corpo Astral (Herva do Furor). Na intoxicação pelo Conium maculatum, a consciência e as batidas do coração ficam conservadas quase que até o fim da vida. Não existe quase nada de angústia ou comoção. O homem envenenado deixa seu corpo com serenidade. Seu efeito anti-dor é adicionado ao seu efeito anti-convulsivante e anti-cãibras. O Conium maculatum é um remédio muito bom em certos espasmos e cãibras do estômago, intestino e bexiga, mas também é útil na asma, coqueluche, epilepsia, coréia, manias e delírio tremens. O Conium maculatum acalma igualmente os processos menos graves, como a tosse por irritação e tosse seca dos velhos. Esta planta é, enfim, um anti-afrodisíaco.
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